“A grande novidade tecnológica trazida para Londrina é a videoartroscopia de quadril, feita ainda por poucos cirurgiões no Brasil”

Data: 12.09.12

O cirurgião londrinense Walter Taki fala sobre os últimos avanços científicos e tecnológicos apresentados pela cirurgia de quadril.

“A grande novidade tecnológica trazida para Londrina é a videoartroscopia de quadril, feita ainda por poucos cirurgiões no Brasil”

Os quadris são articulações muito estáveis que conectam as pernas ao tronco, daí sua importância. Eles têm como função sustentar todo o peso do corpo, possuindo uma grande capacidade de carga. Apresentam uma anatomia precisa e única, resultando em uma biomecânica que consegue conciliar força com grande capacidade de amplitude de movimento. Porém,  muitas pessoas em idades diferentes da vida podem colocar a articulação em risco ou sofrerem com problemas relacionados.

Segundo o ortopedista Walter Taki, pacientes jovens apresentam com mais frequência lesões musculares  e tendinosas, principalmente devido às torções e contusões esportivas. “Nos adultos e adultos jovens, observamos as bursites de quadril e um aumento crescente das  doenças de impacto femoroacetabular”. Essa patologia se caracteriza por restrição de movimento nos quadris, associado a dores quando  muito tempo sentado ou dirigindo e, até mesmo, em simples caminhadas. Ela pode provocar desgaste cartilaginoso, devido ao impacto contínuo do fêmur com a cartilagem acetabular, podendo levar o paciente  à artrose (desgaste total da articulação).

Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina em 1999, Walter Taki fez residência em Ortopedia e Traumatologia no Hospital XV de Curitiba e especializou-se em Cirurgia do Quadril no Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, referência nacional na especialidade. Com título de especialista em Cirurgia do Quadril pela Sociedade Brasileira de Quadril, o ortopedista londrinense fez também estágio em Cirurgia do Quadril no Hospital Princess Elizabeth, Exeter, Inglaterra, uma referência mundial em cirurgia do quadril e cursou videoartroscopia de Quadril pela AANA (Arthoscopy  Association of North America  - Rosemont, Illinois (USA).

 

Do centro cirúrgico à sala de aula

Preceptor da Residência de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Misericórdia de Londrina e chefe da Ortopedia e Traumatologia do Hospital Evangélico de Londrina até 2012. Walter Taki também dá aulas para residentes (especializandos em ortopedia e traumatologia) na área de quadril. “Acredito que ser do staff  é uma responsabilidade muito grande, principalmente pensando-se que somos formadores de  opinião, colocando novos profissionais no mercado de trabalho”, analisa.
O especialista ainda profere palestras em Cursos e Jornadas da SBQ (Sociedade Brasileira de Quadril), mostrando  experiências e a realidade local. “O maior prazer de tudo isto é ter a troca de informações e o constante aprendizado e, principalmente, acreditar que você está podendo ajudar uma pessoa repassando a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo dos anos”.
E, para  manter-se atualizado, Walter Taki participa de congressos nacionais e, pelo menos duas vezes por ano,  de cursos e congressos mundiais no exterior. As viagens para o exterior, a princípio são para estudos e trabalho, entretanto, como apaixonado por viagens e culturas diferentes, o médico conta que  acaba aproveitando as oportunidades e levando a família para gozar também das maravilhas que o mundo tem a nos oferecer.

“Neste último ano, viajei para Paris para  participar do ISHA (International Society for Hip Arthoscopy); para Berlim, quando estive no  EFORT  (European Federation of National Associations of Orthopaedics and Traumatology) e, recentemente, fui a Illinois, nos USA, onde fiz o curso da Aana (Arthroscopy association of North America). Particularmente adoro viajar, principalmente quando consigo agregar o trabalho com o lazer”.

Tecnicamente, para  Walter Taki, essas viagens são a fonte do conhecimento e troca de experiências com especialistas renomados do mundo inteiro. Ele diz que o que o deixa muito feliz e satisfeito em cada retorno destas viagens é a confirmação de que, em Londrina, a Cirurgia do Quadril não deixa a desejar nem em relação às técnicas cirúrgicas nem à tecnologia da qualidade dos materiais protéticos, se comparada com o primeiro mundo.

walter taki uniorteOrtopedia de primeiro mundo

A Ortopedia, desde a chegada  da  globalização mundial,  vem  apresentando continuamente significativos avanços tecnológicos e, principalmente, científicos em todas as suas subespecialidades: quadril, pés, mãos, ombro e joelhos. Para o acompanhamento de toda essa evolução, a exemplo do que vem ocorrendo nos grandes centros de referência médica pelo Brasil afora, Londrina, cidade reconhecida como polo médico do Norte do Paraná, vem investindo e aprimoramento seus profissionais.

Dentro desse panorama, foi inaugurado recentemente o Centro de Ortopedia Uniorte, “hospital de Ortopedia que visa o pronto atendimento e a superespecialização do ortopedista em todas as suas áreas”, explica o cirurgião de quadril, que é um dos sócios fundadores do empreendimento. A cirurgia do Quadril atua anatomicamente entre área da coluna lombossacra (final da coluna lombar) até o fêmur proximal. Normalmente, a faixa etária dos pacientes que necessitam dessa intervenção varia conforme a patologia, sendo muito comuns as lesões musculares, tendinosas e patologias das bursas em adolescentes e adultos jovens, e as alterações osteoarticulares, como a osteoporose, fraturas e desgastes articulares em pessoas da terceira idade. As lesões podem variar conforme a atividade esportiva e traumatismos, como nas quedas ou nos acidentes automobilísticos.

Cirurgia de quadril

Walter Taki explica que a cirurgia de quadril apresentou nos últimos anos avanços científicos e tecnológicos impressionantes. Dentre eles está a artroplastia total de quadril, que substitui a articulação afetada por uma nova articulação (prótese de quadril), eliminando as dores e permitindo ao paciente voltar às atividades comuns do dia a dia. “Tudo isso graças ao aperfeiçoamento técnico do cirurgião e à evolução das próteses, que trazem novas ligas metálicas, novas superfícies de contato (cerâmica) e de fixação deste material no osso”.

Atualmente, a grande novidade tecnológica trazida para Londrina é a videoartroscopia de quadril, feita ainda por poucos cirurgiões no Brasil. O cirurgião explica que essa é uma cirurgia realizada por pequenos portais (furos de um centímetro), que levam a câmera de vídeo até a articulação do quadril, fazendo com que o cirurgião estude e analise a lesão e realize o procedimento cirúrgico sem grandes cortes  e  comorbidades. “Essa cirurgia é aplicada em pacientes com artroses em fases iniciais, em impacto de quadril com lesão do labio acetabular, para retirada de corpos estranhos e até para simples investigação diagnóstica. As principais vantagens desse procedimento são a pequena comorbidade e risco, internação hospitalar mínima e a questão estética  sem grandes cicatrizes se comparada à cirurgia convencional”. Segundo o especialista,  a videoartroscopia do quadril é indicada para  prevenir a progressão desta patologia, reconstituindo a anatomia normal do paciente, e consequentemente, melhorando a dor e evitando o possível futuro desgaste.

Como consequência da melhora da  qualidade de vida e dos avanços da Medicina veio o aumento da expectativa de vida da população brasileira. Hoje, temos um grupo na sociedade cada vez mais ativo, volumoso e sadio: o grupo da terceira idade. Nesta faixa etária, as patologias  mais comuns são a osteoporose (perda da qualidade óssea), artrose (desgaste da articulação) e as fraturas, provenientes das quedas e acidentes domésticos. As fraturas do quadril têm aumentado expressivamente, estimando-se em mais de 121 mil fraturas por ano no Brasil e, segundo dados divulgados pela IOF (International Osteoporosis Foundation), haverá aumento de 32% até 2050. O cirurgião diz que a prevenção é  o melhor tratamento desta  lesão, evitando-se, por exemplo, os acidentes domésticos e quedas. “É preciso adaptar a casa tratar a osteoporose”, adverte. “Estas fraturas  em idosos levam  às  comorbidade, morte precoce e sofrimento muito grande do paciente  e de todos  que estão à sua volta”.

Fonte: Sucesso Londrina

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